O presidente do Novo Banco, Stock da Cunha, garantiu que o despedimento coletivo na instituição irá abranger cerca de 150 trabalhadores, uma vez que espera que 350 aceitem sair por rescisões amigáveis. “Antes de cortamos em pessoas, cortamos em gastos supérfluos. O ano passado, os custos baixaram 13% e os custos com pessoal baixaram 8%”, revelou no Parlamento.
O responsável recordou que, segundo o plano de reestruturação acordado entre as autoridades portuguesas e a Comissão Europeia, o Novo Banco tem de reduzir em mil pessoas o número de efetivos e de cortar em 150 milhões de euros os custos operativos.
No entanto, como parte significativa já saiu, nomeadamente através de um programa de reformas antecipadas, e a venda de unidades no estrangeiro implicará também a redução de pessoal, faltam efetivamente sair cerca de 500 colaboradores.
Stock da Cunha recordou que processo de reestruturação foi imposto por Bruxelas, no entanto, afirmou também que o conselho de administração que dirige concorda com ele, uma vez que é "necessário garantir a viabilidade da terceira maior instituição financeira portuguesa".
Recorde-se que, a instituição teve prejuízos de 980,6 milhões de euros em 2015, justificando mais de metade do prejuízo ainda com o 'legado' do BES. Quanto ao resultado operacional (antes de impostos, imparidades e provisões), esse foi positivo em 125 milhões de euros em 2015.