Inicialmente, a audição na sub-comissão de Ética estava prevista para ontem, mas o PS pediu o adiamento para hoje, pedido que foi aceite pelos restantes partidos concordaram.
Tudo porque os documentos solicitados ao governo sobre a empresa de gestão de créditos só chegaram anteontem à comissão, o que levou o deputado socialista Pedro Delgado Alves a pedir o adiamento da audição alegando falta de tempo para analisar os dados.
Maria Luís Albuquerque vai ser ouvida por causa da sua contratação pela empresa britânica de colocação de dívida Arrow. Os deputados querem apurar se existe incompatibilidade de funções entre o cargo de ministra das Finanças e a sua entrada, numa empresa cuja atividade se desenvolve num setor que estava sob a sua tutela.
Além da questão da incompatibilidade, os deputados irão confrontar também Maria Luísa Albuquerque com os benefícios fiscais atribuídos a empresas do grupo Arrow pelo anterior governo.
De acordo com um relatório divulgado pelo atual executivo, citado pela Lusa, as empresas ligadas à Arrow Global receberam benefícios fiscais previstos na lei no valor de 424 mil euros em quatro anos, escreve a Agência Lusa.
O relatório enviado à subcomissão de Ética do Parlamento, refere que não existe registo de ligações contratuais entre o Estado e as empresas, sendo que os benefícios recebidos por essas empresas eram automáticos.