O coletivo de 519 trabalhadores da Soares da Costa deverá avançar até ao final de abril. A garantia foi dada pela construtora e considera que o processo é "irreversível". Até lá vai ser feita a comunicação aos visados e o início do processo de negociação.
"Este processo atrasou porque nunca fizemos um despedimento coletivo e queremos ter a certeza absoluta de que o que estamos a fazer está bem feito e não é um erro para a empresa, nem um prejuízo para os trabalhadores. Mas contamos ter este processo nas mãos dos trabalhadores ainda durante este mês", assegurou a mesma.
As indemnizações a pagar aos trabalhadores rondarão os 18 a 19 milhões de euros – com um período de retorno de menos de dois anos, dada a consequente redução dos encargos com pessoal – estando estes fundos "disponíveis desde há muito tempo em Angola", onde a construtora concentra 70% da faturação, e "prontos a serem transferidos para Portugal quando necessário".
A construtora garante ainda que não está "a despedir 500 pessoas", mas a "salvar quatro mil empregos" pelo mundo fora.