A empresa justifica o agravamento dos prejuízos sobretudo com a “necessidade de consolidar um montante de 91,4 milhões referente a vendas na Venezuela cujo valor ainda não foi transferido, situação agravada por diversas desvalorizações cambiais”. Sem este fator extraordinário, acrescenta, o resultado teria sido de apenas 7,6 milhões negativos, o que seria “uma clara recuperação face a 2014”.
O comunicado indica que “o agravamento da situação laboral no final de 2014 e no segundo trimestre de 2015 afetou a confiança do mercado na TAP”, mas admite que foram outros fatores a penalizar as contas.
A situação da Venezuela diz respeito a vendas no período entre março de 2013 e janeiro de 2015, “cujos montantes ficaram retidos” devido à crise económica naquele país. “A dimensão dos valores retidos só não é maior porque em janeiro de 2015 foi decidido suspender a venda de viagens naquele país”, refere a empresa.
A TAP continua a desenvolver diligências para recuperar os valores em dívida mas, devido ao prolongamento da situação, “houve necessidade de integrar estes valores nas contas de 2015, situação idêntica à adotada por outras companhias internacionais”.
O comunicado realça ainda que a dívida total da TAP desceu em 2015 de 1.062 milhões de euros para 942 milhões, como “resultado de reembolsos entretanto efetuados já no ano passado, beneficiando do inicio do processo de capitalização proporcionado pela entrada na TAP, como acionista, do Consórcio Atlantic Gateway”.