Na altura do rapto, em 2014, dezenas de raparigas conseguiram fugir das mãos do grupo terrorista mas, até ao momento, 219 ainda estão desaparecidas.
“Estamos todas bem”, diz uma das meninas no vídeo, onde é também revelada a data da gravação: 25 de dezembro.
Apesar de estarem cobertas com um hijab preto, as jovens foram identificadas por vários familiares e amigos.
Segundo uma avaliação do Ministério da Informação, as raparigas “não pareciam maltratadas mas mudaram um pouco o seu aspeto físico”.
As autoridades da Nigéria informaram que é preciso ter cautela, uma vez que noutras ocasiões o grupo terrorista forneceu informações falsas que não permitiram resgatar as reféns.
O vídeo já gerou uma enorme onda de solidariedade nas redes sociais para que as crianças sejam libertadas.
A rebelião do Boko Haram afeta principalmente crianças, na sua grande maioria raparigas.
O número de crianças usadas em ataques pelo grupo terrorista na região do lago Chade, na Nigéria, tem aumentado. Em 2015, o número multiplicou-se por dez, segundo dados avançados pela Unicef. Segundo o relatório da organização, em 2014 foram usadas 4 crianças e 44 em 2015. Na sua maioria – mais de 75% – são raparigas.
No relatório intitulado de “Beyond Chibok” (Para lá de Chibok) são revelados dados da Nigéria, Camarões, Chade e Níger. A maioria das crianças é drogada e posteriormente obrigada a cometer os atentados.
Segundo dados da organização de defesa dos direitos humanos, Human Rights Watch, os ataques do Boko Haram na Nigéria já deixaram cerca de um milhão de crianças sem escola.
A Unicef garante que as escolas fechadas foram danificadas, incendiadas ou usadas para abrigar aqueles que perderam as suas casas devido aos ataques do grupo terrorista.
Os ataques do grupo na Nigéria começaram há sete anos e, até ao momento, já provocaram cerca de 17 mil mortes.