Constâncio defendeu a sua decisão dizendo que a instituição “não presta contas” a parlamentos nacionais, apenas ao “Parlamento Europeu”.
"Não recebemos qualquer pedido, nesse sentido, como se sabe, de casos anteriores e de Países membros diferentes, o BCE não responde perante os parlamentos nacionais, em comissões de inquérito, porque apenas devemos prestar contas ao Parlamento Europeu", afirmou.
Quanto ao contacto de Danièle Nouy, presidente do conselho de supervisão do BCE, Constâncio não quis comentar a questão, por não saber "exatamente ao que se refere".
Recorde-se que Danièle Nouy alega que, a 19 de dezembro, Vítor Constâncio e Mário Centeno a contactaram para que o BCE desbloqueasse a oferta do Santander, junto da Comissão Europeia.
"Não vou comentar essa questão, que está completamente fora [do âmbito] desta conferência de imprensa. E, nem se quer sei ao que se está a referir. Porque, como se sabe, não acompanho tudo o que se passa em Portugal, tendo em conta essa questão e outras", afirmou Vítor Constâncio, na conferência de imprensa no final da reunião do Ecofin, em Estrasburgo.