“A tendência de reintegração que se seguiu à fragmentação financeira substancial associada às crises financeira e da dívida soberana em 2007 e 2011 arrancou quando a União Bancária Europeia e o quadro das Transacções Monetárias Definitivas (OMT, na sigla inglesa) do BCE foram anunciados em 2012”, refere o relatório. Esta reintegração, salienta o BCE, continuou o seu caminho com o arranque de “dois pilares importantes da União Bancária” e o Mecanismo Único de Resolução em 2015.
O Banco Central Europeu aponta, porém, para a desaceleração da integração desde a Primavera/Verão do ano passado. Um movimento que “pode ser explicado pelos diferentes desenvolvimentos dos preços e quantidades em vários segmentos do sistema financeiro da zona euro”.
O relatório defende a importância de a recente turbulência financeira não colocar “o processo de reintegração financeira num impasse”. Nesse sentido, é fundamental que o Fundo de Resolução se torne operacional este ano, como parte do Mecanismo Único de Resolução, e que a supervisão bancária do BCE execute o projecto de prevenir ou conter as divergências entre países e as inconsistências na aplicação do quadro da regulação bancária na União Europeia. Além disso, “é chave que o terceiro pilar da União Bancária e da união dos mercados de capitais europeus seja perseguido como uma prioridade”, refere ainda o relatório.
O BCE considera que o mercado estará completamente integrado se todos os potenciais participantes apresentarem as mesmas características em três aspectos principais: o mesmo conjunto de regras quando lidam com instrumentos e serviços financeiros; têm igual acesso a estes instrumentos e serviços financeiros; e são tratados de igual forma quando estão no mercado.