O museu tem uma exposição permanente dedicada aos lugares de culto religioso, enquanto a Villa, disse um responsável ao jornal italiano La Reppublica, “conta como vivia uma família rica, e reconstitui o ambiente luxuoso, com camas, pratos, luminárias em bronze e objetos da vida quotidiana”. No exterior da Villa, projeções multimédia durante a noite recordam flashes da vida na cidade antes da erupção do Vesúvio em agosto de 79, acompanhados por textos da época.
Construído em 1870 pelo arqueólogo napolitano Giuseppe Fiorelli, o Antiquarium foi bombardeado em 1943, durante a II Guerra Mundial, reabilitado em em 1948 e novamente destruído por um terramoto, em 1980. Além do museu, o espaço alberga espaços com instalações de realidade virtual que reconstituem a experiência da erupção e uma livraria.
A cidade de Pompeia acolhe anualmente cerca de 2,5 milhões de visitantes, que ao longo do tempo têm deixado a sua marca nos vestígios arqueológicos. Ainda assim, defendeu a especialista Mary Beard ao The Telegraph este mês, não faria sentido preservar a antiga cidade romana se não houvesse quem a visitasse.
De resto, os turistas não são os únicos responsáveis pela deterioração das ruínas, cuja preservação consome milhões e milhões de euros do orçamento italiano e da União Europeia. Em 2010, uma casa outrora usada para treino dos gladiadores, abateu, suscitando preocupação dos arqueólogos. E em 2014 três outros edifícios ruíram devido, sobretudo, ao mau tempo.
É por isso que a reabertura do Antiquarium e da Villa Imperiale – uma casa patrícia construída contra as muralhas da cidade e com vista para a baía de Nápoles – representa um triunfo para os conservadores, alimentando a esperança de que Pompeia pode ser salva.