Como a própria designação indica, 1 de topo da marca e D de digital. Isso significa ser o expoente máximo da Canon no campo fotográfico, agora acompanhada pela insígnia Mark II que revela ser ‘apenas’ uma evolução do anterior modelo. Mas a ser sincero, pouco tinha a melhorar, facto evidenciado pela marca e motivo para se centrar em pontos fundamentais.
As semelhanças exteriores são evidentes, num formato onde se inclui a dupla pega, lateral e inferior, com respectivos botões que possibilitam manusear e virar a IDX ao ‘gosto’ da foto. Mas a sua construção muda. O corpo utiliza agora a um processo de fabrico que recorre a mais de 90% de magnésio, e pela primeira vez, fibra de carbono. Estes materiais asseguram a robustez, durabilidade e fiabilidade equipamento. É um passo fundamental para uma máquina que consta da lista preferencial para profissionais que percorrem quilómetros, cobrem guerras ou se aventuram em palcos selvagens. Significa estar sujeita a muito pó, água e a óbvia pancada.
O corpo é grande, o que lhe permite acomodar todos os botões inerentes, sendo que alguns como o de controlo de exposição, foco ou até o joystick estão em duplicado para podermos aceder e personalizar a nossa fotografia, indiferente à posição em que se fotografa. Permite ainda um pequeno ecrã para informações de ficheiro e formatos de fotografia, e claro, um obrigatório LCD fixo para acedermos às funções, menus e visualização de imagens com 3 polegadas e ma densidade de 1.62 milhões de pixels.
Segue-se o desempenho, aspecto fulcral para a marca. Começou por acrescentar, e evidenciar, a maior rapidez no disparo, mercê do CFast 2.0, tecnologia que permite disparar qualquer coisa como 170 disparos em formato RAW contínuos. Vale-se da combinação entre dois processadores Digic 6+, que asseguram o dobro do desempenho.
Outro ponto fundamental é o sensor CMOS desenvolvido pela própria Canon com conta com desempenho optimizado. Ao invés de resoluções enormes como nas 5DS, fica-se ‘apenas’ por um sensor de 20mpx de 35mm do tipo full frame. É enorme e recebeu alterações na captação de luz , correcção e maior amplitude de cor, assim como nos valores ISO. Exibe valores ‘assustadores’ de 100-51 200, proporcionando um desempenho em alta sensibilidade, reduzindo o ruído em velocidades ISO altas e baixas.
No campo do foco também há novidades. Porque, podemos ter uma boa máquina ou uma boa lente, mas uma foto desfocada é sempre uma má imagem. A marca responde com um novo AF, com um novo sensor de medição que utiliza infravermelhos e leitura RGB+IR, conseguindo chegar a 360.000 pixeis efectivos.
A 1 DX Mark II suporta aberturas máximas de f/8 em todos os 61 pontos, com a característica de poderem ser seleccionados individualmente. Inclui 41 pontos AF tipo cruzado e 5 pontos AF tipo cruzado duplo, garantindo uma flexibilidade melhorada na focagem dos seus motivos, e um avançado AI Servo AF III+, um sistema melhorado de Seguimento e Reconhecimento.
A aposta no 4K também está patente nesta 1DX, pelo que é capaz de gravar a 60fps em resoluções 4096×2160, ou em Full HD até 120fps que nos permitem brincadeiras em câmara lenta. Nota para a saída de auscultadores, que permite monitorizar a qualidade de som, capturada em modo vídeo.
A flexibilidade e fluxo de trabalho é obrigatória, e aqui entregue, e assegurada, pela porta SuperSpeed USB 3.0, à conectividade Gigabit através da porta Ethernet ou pelo opcional adaptador WFT-E8 Wi-Fi. Não está integrado na própria máquina e a razão em causa é a velocidade, não teria os parâmetros 'necessários' a esta máquina. Como outras características encontramos, de novo, a possibilidade de utilizar cartões SD ou CF em simultâneo.
O universo de 83000 objectivas possíveis alargam as funcionalidades e possibilidades desta máquina.