Segundo eles, é mau que a Comissão Europeia, nas suas previsões económicas de Primavera, estima que o défice das contas públicas portuguesas fique este ano em 2,7% do PIB, em vez dos 2,2% planeados pelo governo. Mas, focar-se numa única árvore não permite ver a floresta, pelo que seria útil ver as outras previsões da Comissão: no horizonte 2014 – 2017 o crescimento económico subirá sempre, a inflação, que está demasiado baixa, subirá também, embora ainda não atinga o objetivo de “perto mas abaixo de 2%”; prevê-se 0,7% para este ano e 1,2% no próximo.
O desemprego descerá pelo quarto ano consecutivo, para 10,7% no fim de 2017%. O défice orçamental, apesar de acima das previsões do governo, terá uma trajetória descendente, bem como a dívida pública em percentagem do PIB (total da produção do país). E o excedente das nossas transações com o exterior, que foi a principal causa dos nossos problemas e sacrifícios, tem agora tendência para aumentar.
Por isso, no global, estas previsões são boas notícias. Ver apenas um aspeto é miopia.
