De acordo com o Ranking Mundial de Reputação da Times Higher Education, divulgado esta quarta-feira, os Estados Unidos continuam a dominar a tabela, com 43 instituições, oito das quais no top 10, mas são as asiáticas que estão a ganhar terreno.
O Instituto de Tecnologia do Maassachusetts (MIT, na sigla em inglês) subiu dois lugares e ocupa agora o segundo posto do ranking, ultrapassando as duas universidades inglesas de maior prestígio – Cambridge (4º) e Oxford (5º) – que também viram a Universidade de Stanford a passar-lhes à frente.
A Inglaterra continua a ser o segundo país mais representado com 10 universidades, apesar de duas (Bristol e Durham) terem saído deste ranking.
“A reputação é a moeda global do ensino superior. Pode ser subjectiva, pode nem sempre ser justa, mas é muito importante. Uma das principais conclusões que se pode retirar da sexta edição deste ranking anual, é que temos uma elite de seis universidades que se mantém à frente de todas as outras desde 2011”, começa por resumir Phil Baty, editor da Times Higher Education.
O responsável da THE garante, porém, que “a tendência mundial está a mudar” com algumas instituições de grande prestígio nos Estados Unidos e no Reino Unido a perderem terreno, enquanto que a China, Hong Kong, Japão e Coreia do Sul estão a progredir.
China com uma no top 20 Phil Baty destaca ainda o facto de pela primeira vez, os chineses terem uma universidade no top 20 (Tsinghua no 18º) e outra no top 30 (Pequim em 21º).
Com efeito, as instituições asiáticas continuam a sua ascensão e no ranking deste ano já têm 17 universidades no top 100, mais sete do que no ano anterior.
Na Europa, a tendência é mais indefinida. A Alemanha viu quatro das seis universidades que integravam este ranking perder posições. A Holanda também perdeu lugares e a Dinamarca e a Finlândia, que no ano passado tinham uma universidade cada uma, deixaram de constar no top 100.
Em sentido contrário, a Suécia passou a ter duas instituições, pela primeira vez desde 2013, e a França cinco, com o INSEAD a estrear-se neste ranking.
Em termos globais, as instituições europeias até atingem pontações similares ou até superiores às do ano passado, mas não progrediram tão rapidamente como as asiáticas.
“A ascenção da Ásia tornou-se um cliché nos tempos recentes mas a evidência dos nossos inquéritos globais dos últimos seis anos, incluindo a perspetiva de mais de 80 mil académicos, prova que o poder do ensino superior e investigação está a mudar do Oeste para Este”.
Joshua Mok Ka-Ho, professor e vice-presidente da Universidade de Lingnan em Hong Kong, considera que a performance das instituições da Ásia reflecte não só “o forte investimento no ensino superior de vários governos” mas também “a concentração de fundos e fortalecimento das capacidades de investigação e de publicação” a nível internacional das universidades dos países asiáticos.