Parece impossível, mas não é. É com isto que Lachlan, com 28 anos, e Hayley Webb, com 30, se vão deparar mais dia, menos dia. Estes irmãos de Queensland (Austrália) herdaram uma doença rara, de nome Insónia Familiar Fatal.
Esta doença genética danifica os neurónios, o que leva ao aparecimento de um padrão de lesões tipo esponja no tálamo, região cerebral que regula o sono, lê-se no Independent. Isto faz com que o corpo não consiga ‘rejuvenescer’, uma vez que as pessoas não conseguem dormir profundamente, levando a uma deterioração rápida, tanto a nível físico como mental, até à morte.
Não tem cura nem tratamento. É uma ‘bomba-relógio’ para quem a tem, porque não se sabe quando vão ser afetados pela mesma.
Lachlan e Hayley tomaram conhecimento deste problema quando a avó ficou doente.
“No início da minha adolescência, apercebi-me da maldição da minha família. A minha avó começou a ficar doente e a morrer. Perdeu a visão, tinha sinais de demência, começou a alucinar e não conseguia falar”, explica Hayley, acrescentando que a primeira vez que a família ouviu falar de Insónia Familiar Fatal foi quando diagnosticaram a avó.
Mas esta doença não afetou apenas a avó. A mãe dos irmãos morreu com Insónia Familiar Fatal quando tinha 61 anos. O mesmo aconteceu à tia, aos 42 anos, e ao tio, com apenas 20 anos.