Segundo dados da MasterCard, nos primeiros 3 meses deste ano, a média das compras contactless em toda a Europa ronda os 13 euros, enquanto é ligeiramente superior: 15 euros.
Também o número de pontos de venda que aceitam pagamentos Contactless no mercado português aumentou 195% desde os primeiros 3 meses de 2015 até os mesmo período de 2016 e a emissão de cartões MasterCard e Maestro com esta tecnologia aumentou 30% no mesmo período.
"Estes resultados mostram-nos que os portugueses estão cada vez mais recetivos aos pagamentos Contactless, pela rapidez e conveniência que oferecem, melhorando de forma significativa a experiência de compra", revela a diretora de marketing da MasterCard para Espanha e Portugal, Eva Ruiz.
Para Paulo Raposo, country manager da MasterCard Portugal, “o aumento da aceitação e do uso da tecnologia Contactless é, sem dúvida, encorajador e uma oportunidade para os comerciantes capitalizarem esta tendência e melhorarem a experiência de compra. A tecnologia Contactless dá aos consumidores a oportunidade de realizarem compras de forma mais cómoda, simples e rápida, sem descurar a segurança".
Medida polémica
A verdade é que a implementação deste tipo de pagamentos esteve longe de ser pacífica, já que houve várias críticas em relação à segurança deste sistema.
No entanto, o limite de operações foi uma das respostas dadas em relação a estas acusações. Ou seja, cada transação sem PIN tem o limite de 20 euros e há um valor máximo de transações sem PIN. Em regra, são 60 euros, independentemente do período decorrido entre as mesmas. Ultrapassado este limite, o cliente só pode voltar a efetuar pagamentos contactless depois de realizar uma operação num terminal de pagamento ou numa caixa automática com o código PIN. Por segurança, o sistema pode solicitar o PIN mesmo que não tenha ultrapassado o limite.
Por isso mesmo, as instituições bancárias defendem que a tecnologia contactless é mais cómoda e evita a entrega do cartão ao comerciante.
Nestas situações, tal como nas restantes, a lei obriga as instituições a garantirem a segurança dos cartões e dos terminais. Qualquer situação que considere anómala deve ser comunicada de imediato ao emissor do cartão, pois, a partir desse momento, o consumidor deixa de ter responsabilidades sobre eventuais utilizações abusivas.
Antes da comunicação, a responsabilidade do cliente fica limitada a 150 euros. Alguns cartões de crédito incluem também um seguro contra utilizações fraudulentas. Mas se, mesmo assim, não ficar convencido, pode sempre recusar o cartão novo e optar por uma versão que recorra à tecnologia antiga.