A sessão de avaliação à admissibilidade do pedido de destituição foi suspensa por volta das 22h20 portuguesas, mais quatro horas em relação à cidade onde decorre o debate. O plenário deve regressar pelas 23h, para as declarações dos restantes 46 senadores inscritos para falar antes da votação.
Iniciada por volta das 14h já com um atraso de 1h em relação ao agendado, a sessão assistiu até agora ao discurso de 22 senadores, que usaram quase na totalidade os 15m atribuídos a cada um. Como há 68 inscritos, faltam 46. Se a média se mantiver – e a sessão retomar mesmo às 23h – há a hipótese de a sessão se arrastar por mais 11h30. Ou seja, poderia acabar às 10h30 portuguesas, já em plena quinta-feira até para os brasileiros (6h30).
O horário da Globo parece, portanto, otimista. Mas além do peso das fontes há outras indicações que apontam para uma reta final mais rápida: vários senadores do PMDB que se inscreveram para falar já avançaram que não falarão (ou serão muito breves) para acelerar. Outros colegas da futura coligação governamental podem seguir o exemplo. Os primeiros sinais contrariam: às 23h22 a sessão ainda não fora retomada, mas já havia sinais.
Seja quando for, a vitória da admissibilidade do impeachment parece certa. Dos 22 senadores que já usaram a palavra, 18 manifestaram-se a favor do processo. Um deles foi Romário, o antigo craque da seleção brasileira: "Cheguei à conclusão de que sim, há indícios de crime de responsabilidade fiscal".