Aconselha-se marcação prévia e pode verificar os contactos no site da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo, que coordena a iniciativa (http://www.apcancrocutaneo.pt).
Todos os anos são diagnosticados em Portugal 12 mil casos de cancro da pele. O melanoma maligno atinge cerca de mil portugueses e, não sendo o mais frequente, é o tumor da pele mais agressivo e que surge mais vezes associado a metástases. Em 2014, último ano com dados, esta doença esteve por detrás de 290 mortes.
Sol, o inimigo Estima-se que até 2020 o número de casos de cancro da pele possa triplicar, resultado sobretudo das mudanças de exposição ao sol da geração que nessa altura chegará à meia- -idade – a altura da vida em que estes cancros se tornam mais frequentes.
Ter sofrido muitas queimaduras solares na infância é um dos maiores fatores de risco. Um estudo divulgado em 2014 pela Universidade Brown, nos Estados Unidos, revelou que as mulheres caucasianas que tiveram cinco ou mais escaldões entre os 15 e os 20 anos têm um risco 80% superior de vir a sofrer de melanoma. Além do historial de exposição ao sol, ter pele clara e fazer muitas sardas ou ter muitos sinais à partida são fatores associados a um maior risco de desenvolver melanoma.
O historial familiar também é relevante: cerca de 10% das pessoas que são diagnosticadas tiveram algum caso na família direta.
Agora que se aproxima o bom tempo, evitar a exposição ao sol entre o meio da manhã e o final da tarde e usar sempre protetor são algumas das recomendações – assim como aproveitar as oportunidades para fazer rastreios periódicos à pele, recomenda a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo.
No ano passado, 1672 pessoas participaram nos rastreios do Dia do Euromelanoma e apenas um terço já tinham sido observadas anteriormente para despistar eventuais lesões. Quatro em cada dez participantes tinham marcas deixadas por queimaduras solares frequentes, chamadas lentigos solares. Registaram-se 61 casos de suspeitas clínicas de carcinoma.