Mário Morais de Almeida, imunoalergologista e presidente da Associação Portuguesa de Asmáticos, explica que a aplicação permite a monitorização dos sintomas diários da rinite, da conjuntivite alérgica e da asma e o registo da toma de medicamento, de forma intuitiva na forma de uma escala, o que possibilita ao doente analisar como está a evoluir o tratamento e, assim, assumir o controlo da sua doença.
A ferramenta foi desenvolvida pela MACVIA-ARIA, uma equipa mundial de especialistas em alergias de que fazem parte representantes nacionais. É possível programar alertas e, caso os sintomas sugiram que a rinite alérgica está descontrolada durante três dias seguidos ou mais, pode alertar automaticamente o seu médico. A aplicação inclui ainda uma função de localização geográfica, que, no futuro, permitirá à aplicação alertar o doente para a existência de altas concentrações de pólenes ao qual seja alérgico e que tenha registado previamente no seu perfil.
A rinite afeta mais de dois milhões de portugueses, sendo a asma uma doença que atinge cerca de 40% destes doentes. A Associação Portuguesa de Asmáticos sublinha que o controlo da rinite é importante pois esta influencia a evolução da asma, que causa mais de 50 mil hospitalizações por ano na Europa.
Além da aplicação para smartphone, outro endereço a ter sempre à mão é o do boletim polínico da Rede Portuguesa de Aerobiologia. Esta semana o mau tempo é boa notícia. O agravamento das condições meteorológicas reduziu as concentrações de pólen em praticamente todo país. A exceção é o Alentejo e Algarve, onde se espera níveis muito elevados. No Arquipélago da Madeira preveem-se níveis baixos de pólen e, no Arquipélago dos Açores, níveis moderados de pólen na atmosfera.