Tinha apenas oito anos quando começou a dar os primeiros pontapés na bola, com a camisola do Águias da Musgueira.
Apesar de ainda ter idade para jogar nos escolinhas, o menino «cheio de energia» que cresceu numa das zonas mais problemáticas de Lisboa subiu logo de escalão para os infantis.
No ano seguinte (2007), um olheiro do Benfica ficou impressionado com o talento do rapaz das tranças e convidou-o para um treino de captação.
Em apenas 15 minutos, convenceu os responsáveis dos encarnados a pagarem 750 euros (mais 25 bolas) pela sua contratação. Era apenas o primeiro capítulo de uma ascensão meteórica.
Nove anos depois, Renato Sanches voltou a fazer as malas. Desta vez a viagem teve como destino Munique e não o Seixal. O valor da sua transferência também foi (um pouco) diferente: 35 milhões de euros, que podem chegar aos 80 milhões por objetivos. O que se traduz numa valorização de quase 46 mil vezes.
O jovem médio (18 anos) até começou a época na equipa B do Benfica, mas foi repescado para o meio campo da equipa principal por Rui Vitória e rapidamente se tornou imprescindível.
Com apenas 34 jogos de águia ao peito, Renato Sanches tornou-se um desejo expresso por Carlo Ancelotti, o substituto de Pep Guardiola, para a próxima época dos bávaros. Assinou contrato até 2021 e será o primeiro jogador português a entrar nas fileiras do Bayern.
Só Cristiano Ronaldo, Figo e Rui Costa foram mais caros do que a pérola made in Seixal.