O que acontece após um ano sem comer alimentos processados?

Sabemos que quando aceitamos um desafio relacionado com dieta ou exercício físico, é difícil levá-lo até ao fim. Uns têm mais força de vontade do que outros, mas muitas pessoas têm dificuldade em cumprir ‘à risca’ aquilo que se comprometeram a seguir.

Megan Kimble decidiu que ia ficar um ano sem comer alimentos processados. E conseguiu. Esta mulher escreveu um livro chamado ‘Unprocessed: My City-Dwelling Year of Reclaiming Rwal Food’, onde conta a sua história e explica as diferenças que sentiu após um ano sem ingerir alimentos compostos por produtos artificiais.

“Estive algum tempo a ler artigos sobre o impacto ambiental provocado pela produção dos nossos alimentos (…) e outros livros sobre o facto de os produtos naturais serem melhores para nós”, disse Megan Kimble ao site Huffington Post. Depois de ponderar durante algum tempo, esta mulher norte-americana decidiu ficar um ano sem ingerir alimentos modificados pelo homem e consumir apenas produtos naturais.

“O mais difícil era quando saía para jantar fora (…) A comida é, desde sempre, um elo de ligação entre os seres humanos. É muito difícil encontrar-me com amigos e estarem todos a comer pizza”, confessou Megan. “Eu bebia cerveja e álcool, mas tentava apenas consumir bebidas artesanais”, explicou.

O caminho não foi sempre fácil, mas alguns deslizes: Megan estava solteira quando começou o desafio e quando começou a sair com uma pessoa, esta chegava o restaurante e pedia o prato para os dois, algo que deixou acontecer mas que rapidamente se arrependeu. No geral, foi um ano praticamente ‘natural’, com poucos ‘erros’. De tal maneira que, quando chegaram ao fim os 365 dias sem comida processada, a primeira coisa que Megan comeu foi um cachorro quente com uma Coca-Cola. “A Coca-Cola sabia mal, estava há um ano sem consumir refrigerantes e senti que aquilo sabia a químicos”, disse ao Huffington Post.

Uma vida mais saudável

Megan faz um balanço muito positivo deste ano ‘natural’: “Costumava comer muitos snacks, bolachas de pacote, batatas fritas e alimentos do género. Agora esses produtos já não me fazem sentir bem e não me sinto cheia”, afirma “Quando só comia produtos naturais sentia-me cheia. Fiz várias dietas ‘iô-iô’ e deixei-me disso – comia quando tinha fome e deixava de comer quando já não tinha. Sentia-me saciada, andava a comer alimentos mais ricos e não ganhava nem perdia peso. Sentia-me equilibrada”, acrescentou.

Um dos hábitos que ganhou foi ler os rótulos dos alimentos. “Fiquei chocada ao ver que havia muitos alimentos que possuíam produtos químicos completamente desnecessários. Há açúcar em tudo. Assim que começamos a ler os rótulos para ficarmos mais informados, não conseguimos parar”, explica Megan.

Esta norte-americana confessa que a sua dieta já não é 100% à base de produtos naturais. “Deve andar à volta dos 90%. Posso fazer uma ou duas refeições por semana com os meus amigos em que não penso no assunto”, confessou ao Huffington Post.

Dicas para começar este estilo de vida

Megan Kimble dá algumas sugestões às pessoas que querem começar um estilo de vida com base em alimentos não-processados.

1)    “Leia os rótulos dos ingredientes”;
2)    “Compre alimentos sem rótulos – aveia e bananas, por exemplo – e misture-os em casa”;
3)    “Se não gosta de cozinhar, aposte nas sanduíches, massas e saladas”;
4)    “Se gosta de cozinhar, vai ter de dedicar mais tempo à preparação da refeição, mas, com o tempo, vai tornar-se mais rápido e verá que se torna apenas uma parte da rotina”.