Em 2015 foram transacionadas em lota 13.729 toneladas de sardinha, das quais 13.690 no Continente. É o valor mais baixo de que há registo. Entre 1995 e 2015 as descargas de sardinha variaram a um ritmo médio anual de -8,5%. Nos últimos quatro anos, refere o INE, a quantidade média descarregada foi de cerca de 22 mil toneladas – cerca de 65,6% inferior à média descarregada no período anterior (64 mil toneladas no período 2005-2011).
“Esta situação resultou dos limites de captura deste pelágico impostos em Portugal Continental, no quadro das medidas de gestão adotadas para este recurso, que se encontra numa situação de dificuldade”, explica o instituto de estatística.
Como consequência direta, acrescenta, o preço médio da sardinha transacionada em lota “foi o mais elevado dos últimos vinte anos”. Com um crescimento médio de 10,2% ao ano, o preço médio da primeira venda aumentou neste período 1,90€/kg, passando de 0,31€/kg em 1995 para 2,19€/kg em 2015. Nos últimos quatro anos, o preço médio da sardinha quase que triplicou face ao preço médio registado no período 1995-2011.
Em 2015, a frota de pesca nacional capturou 140,8 mil toneladas de pescado fresco ou refrigerado, acima das 119,9 mil toneladas de 2014. Esta quantidade de pesca rendeu no mercado de primeira venda 261 milhões de euros (+5.4% que em 2014).
O maior volume de capturas a nível nacional resultou exclusivamente da maior captura no Continente, sobretudo de peixes marinhos como a cavala (+57,5%) e o carapau (+33,7%).