A resposta do CDS às obras em Lisboa

Depois de ver chumbada – com a abstenção do PSD e do PCP – uma proposta apresentada na câmara de Lisboa para a recalendarização das obras na capital que ainda não arrancaram, o CDS decidiu partir para o terreno. Na Avenida da República, junto ao Campo Pequeno, onde neste momento já se fazem sentir as…

Em fundo vermelho, a fazer lembrar as cores do próprio PS, o cartaz cola as intervenções – em curso e agendadas – ao calendário eleitoral. Para o centrista, a "pressa" de Fernando Medina em avançar rapidamente com as obras tem uma explicação: outono de 2017, altura em que a disputa pelo poder autárquico volta a estar na agenda política.

Crónica de um caos anunciado

A meio de maio, o vereador João Gonçalves Pereira apresentou uma proposta na câmara para que o calendário de obras pudesse ser repensado. Não havia, na opinião do centrista, qualquer motivo que justificasse que pontos fundamentais da circulação na cidade de Lisboa, como a Segunda Circular ou a praça de Sete Rio. O vereador antecipava, de resto, para os próximos meses, um cenário de "caos" na capital. "Em setembro, com o regresso de férias e o início das atividades escolares, a cidade ver-se-á impossibilitada de garantir a mobilidade adequada, com todos os inconvenientes para os residentes, trabalhadores e agentes económicos de Lisboa", referia o documento.

Mas a autarquia sempre manifestou segurança quanto à realização das obras de forma a não tornar a vida dos lisboetas um inferno. Garantindo que o projeto que está em curso não vai sofrer alterações de calendário – "porque isso só iria atrasar as obras" – a diretora de Transportes e Mobilidade da câmara de Lisboa sublinhava que "as obras na Segunda Circular vão decorrer de noite" e que, dessa forma, "não vão coincidir com as do resto da cidade".