A garantia foi dada esta quarta-feira por António Ferreira Gomes.
“Estamos a analisar os termos dos contratos e a preparar uma atuação ao nível dos prazos dos contratos que nos parecem excessivos”, explicou o presidente da ATC durante a audição parlamentar.
Desde fevereiro deste ano que os contratos para a transmissão dos jogos de futebol celebrados entre os três maiores clubes e as operadoras Meo e Nos estão a ser analisados pela Autoridade da Concorrência (AdC). Já nesta altura, o regulador manifestou discordância quanto à duração dos acordos. O regulador considera que os 10 anos de exclusividade nos recentes acordos do Benfica, do Porto e do Sporting geram restrições na concorrência.
A AdC quer que os contratos, assinados em dezembro, tenham a duração de apenas três anos e começaram desde logo a ser feitas diligências para que os acordos fossem alterados.
Negócios de Milhões
Em fevereiro, altura em que a AdC começou as diligências, a Nos tinha um contrato milionário com o Benfica. O clube das águias garantiu 400 milhões de euros nos próximos dez anos, sendo que só 300 milhões eram consequência da cedência dos direitos televisivos à Nos. Também o Sporting assinou com esta operadora um contrato de 446 milhões. O acordo contava ainda com mais 69 milhões de euros até 2018 por causa da revisão em alta do contrato com a PPTV.
No caso do FC Porto, o acordo foi estabelecido com a Meo, que comprou os direitos televisivos por 457,5 milhões. Negócios que fizeram correr muita tinta uma vez que representavam valores muito elevados que significavam para os clubes, com elevados passivos, uma verdadeira bolha de oxigénio.