Foram anos de luta por parte das mulheres para trabalharem fora de casa. Mas parece que a tendência está inverter-se.
As mulheres estão a regressar à vida doméstica depois de se aperceberem que o trabalho fora de casa “não é tão entusiasmante” quanto pensavam. Quem é o diz é Maggie Andrews, professora na Universidade de Worcester, que explica que o papel doméstico das mulheres está a ser reavaliado, uma vez que há cada vez mais a perceção de que trabalhar fora de casa e ter um ordenado não implica que a mulher se sinta mais realizada.
Segundo a historiadora, citada pelo The Telegraph, houve uma “mudança cultural” que levou a que o trabalho doméstico ficasse mais bem visto. Por exemplo, fazer um bolo tornou-se algo não só “muito mais sexy” como também um escape “aos horrores da sociedade”.
Há 30 anos, Maggie Andrews publicou um livro sobre a Women’s Institute, uma organização dedicada às mulheres, e afirma que esta organização beneficiou com esta mudança de mentalidades. “Nos anos 80, assumia-se que o feminismo era sobre escapar à vida doméstica, sair de casa, arranjar um trabalho e ser independente a nível financeiro. Hoje em dia, as pessoas estão muito céticas em relação a isto – vêem um cenário muito mais complexo. Olham para a vida doméstica como um local de poder da mulher”, explicou a historiadora.
Algo que ajudou a formar esta imagem foi o facto de os homens estarem muito mais envolvidos nas lides domésticas. “Cozinhar já não é visto como algo inferior”, acrescenta.