Isabel dos Santos tomou posse esta semana como presidente do conselho de administração da petrolífera Sonangol. Um cargo para o qual foi nomeada por José Eduardo dos Santos.
No entanto, a escolha de Isabel dos Santos para a Sonangol tem levantado dúvidas. Alguns juristas angolanos estiveram reunidos no último fim de semana, a discutir a possibilidade de contestar o despacho com que o presidente angolano nomeou a filha para o cargo de topo na Sonangol. E foi o que decidiram fazer. A providência cautelar foi subscrita por 12 advogados angolanos.
A mulher mais poderosa do país
Existem algumas mulheres ricas em Portugal, mas muito poucas têm o poder que a empresária angolana Isabel dos Santos conquistou. Está ligada a múltiplos negócios entre Luanda e Lisboa e, com a nomeação para o cargo de presidente da Sonangol, ganhou influência acrescida, já que a petrolífera angolana é o principal acionista do BCP.
Com o novo cargo, a gestora passa a ter um peso decisivo na economia nacional. O BCP, o BPI, a Galp e Nos, onde a empresária tem interesses, valem em bolsa 15,7 mil milhões de euros – cerca de 9% do PIB português. Mas os negócios não vêm de hoje. Nascida em Baku, no Azerbaijão, a 20 de abril de 1973, as participações de Isabel têm vindo a crescer nos últimos anos. O património financeiro em Portugal já deve valer mais do que três mil milhões de euros.