O Novo Banco avançou para o despedimento coletivo de 56 colaboradores, interrompendo "abruptamente as negociações". A acusação foi feita pela comissão nacional de trabalhadores da instituição.
"Continuamos a ser fortes opositores ao despedimento coletivo, pois é nosso entendimento que não foram esgotadas outras formas possíveis de redução de trabalhadores, tais como: reformas antecipadas, rescisões de contrato de forma voluntária e por mútuo acordo, pré-reformas ou mesmo redução do horário de trabalho", indica o comunicado da comissão de trabalhadores.
Estes 56 visados já tinham recusado a rescisão por mútuo acordo proposta pela gestão de Eduardo Stock da Cunha, motivo pelo qual foram depois alvo do despedimento coletivo.
Esta posição já tinha sido criticada por Paulo Marcos, presidente do Sindicato Nacional dos Quadros Bancários (SNQB), que em entrevista ao i já tinha criticado a posição do Novo Banco neste processo de despedimentos.
A comissão de trabalhadores critica ainda a posição do governo em relação a este processo. "Lamentamos o alheamento quase total do Governo e das forças politicas deste país, em todo o processo da redução de trabalhadores no Novo Banco", diz em comunicado.
Recorde-se que, o Novo Banco comprometeu-se a reduzir o quadro de pessoal em mil funcionários com o objetivo de reduzir 150 milhões de euros em custos. Metade desses trabalhadores saíram através de um plano de reformas e pré-reformas.