A associação ambientalista Quercus congratulou hoje, em comunicado, as novas diretrizes do Governo para a remoção de amianto no país. Com mais financiamento e um plano mais abrangente, a tutela de Matos Fernandes avisou que vai retirar todo o amianto ainda existente nos edifícios públicos do país, tais como escolas e outros locais “considerados prioritários”. A Quercus parabeniza ainda o executivo por ter “classificado o amianto como um assunto prioritário, dando cumprimento às recomendações do CESE – Comité Económico e Social Europeu”. A própria associação tinha já dirigido várias solicitações ao Governo para “identificar e atuar nas situações classificadas como prioritárias”.
O anúncio de que a retirada do amianto seria uma prioridade foi feito a 8 de junho pelo Ministro do Ambiente. Ao todo, há 2.000 edifícios públicos cobertos de amianto, diz o Jornal de Negócios. As verbas para efetuar a operação ascenderão a 200 milhões de euros.
A Quercus diz, no entanto, que é preciso cuidado na remoção das fibras de amianto. “As intervenções têm que ser executadas com controlo e rigor, permitindo a remoção criteriosa dos materiais contaminados com fibras de amianto, sem que os espaços sejam contaminados devido à falta de cuidado e conhecimento de muitas empresas que realizam este tipo de tarefas”. Sobre estas empresas, os ambientalistas lembram ainda que é necessário “regular o mercado de trabalho das empresas que removem amianto em Portugal”.