A deputada do PS Gabriela Canavilhas tem sido alvo de várias críticas na Internet depois de ter criticado a cobertura feita pelo jornal Público às manifestações contra e a favor do fim dos contratos de associação nas escolas privadas.
Na sua página no Twitter, a antiga ministra da Cultura questiona porque é que a autora do artigo “ainda não foi despedida por escrever factos falsos”.
Em causa está o número de pessoas que se manifestaram no sábado passado – a reportagem, citando fonte da PSP, fala em 15 mil pessoas, enquanto a organização refere a presença de 80 mil pessoas.
Uma hora depois de sugerir o despedimento da jornalista, a deputada socialista voltou ao tema na mesma rede social: “Reportagem e opinião não são a mesma coisa. Há espaço no Público para Clara Viana dar a sua opinião”, escreveu.
@GCanavilhas Esta jornalista ainda não foi despedida por escrever factos falsos?
— gabriela canavilhas (@GCanavilhas) 19 de junho de 2016
Ao jornal Observador, Canavilhas desdramatizou a situação e o pedido de demissão, dizendo que usa o Twitter de uma forma “descontraída” e “informal”. “Foi um desabafo, uma coisa que se diz inopinadamente”, afirmou.
Ao mesmo site, Canavilhas mantém as críticas feitas na Internet, dizendo que a cobertura noticiosa foi “tendenciosa”. “Só quem não esteve lá pode dizer que estavam só 15 mil pessoas”. “A Avenida da Liberdade estava totalmente cheia, não passa pela cabeça de ninguém”, afirma a deputada, recordando que quando foi a manifestação em defesa dos colégios privados e da manutenção dos contratos de associação, no dia 29 de maio, o Público revelou apenas os números dados pela organização (cerca de 40 mil manifestantes).