Mário Machado vai continuar preso. O líder do movimento de extrema-direita tinha autorização judicial para sair amanhã em liberdade condicional, por ter cumprido 5/6 de uma pena de prisão de dez anos a que tinha sido condenado pelos crimes de discriminação racial, coação agravada, posse ilegal de arma e ofensa à integridade física qualificada, entre outros.
O caso já era complicado para o líder do movimento skin em Portugal uma vez que, horas depois de sair de Alcoentre, ficaria a conhecer a sentença de um processo em que era visado por tentativa de extorsão.
Mas Mário Machado não vai chegar a deixar a prisão. A juíza que tem em mãos o processo atual – instaurou por queixas de ameaça e tentaiva de extorsão, no início do ano passado – validou um pedido de prisão preventiva interposto pelo Ministério Público. Na prática, e ao contrário do que esperava, Machado não chegará a sair da prisão.
"Nâo faço ideia de qual será a sentença de amanhã, mas, de qualquer forma, o efeito útil de manter Mári Machado na prisão foi conseguido", diz ao i o advogado, José Manuel de Castro. Mesmo que implicasse condenação a pena efetiva, a sentennça de amanhã seria recorrível e isso permitira a Mário Machado ficar em liberdade. Com a validação da prisão preventiva, o cenário é outro e um recurso não tem efeitos suspensivos sobre a decisão.