O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos e o chefe do comando das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Timoleón “Timochenko” concluíram hoje um acordo de cessar-fogo definitivo e o desarmamento do grupo rebelde – a única parte do acordo que ainda não estava tratada.
O momento é histórico e põe assim fim a um conflito com cerca de 52 anos e que tirou a vida a mais de 220 mil pessoas, 45 mil desaparecidos e 6,6 milhões de desalojados. É a primeira vez desde 1984 que os dois lados concordam com uma trégua. O acordo foi celado em Havana, Cuba, onde esteve presente o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e também o presidente cubano Raul Castro.
O acordo, com o título “Fim do Conflito”, inclui “o abandono das armas, garantias de segurança e luta contra as organizações criminosas responsáveis por assassinatos e massacres ou que atentem contra defensores dos direitos humanos, movimentos sociais ou movimentos políticos”.
Depois de as duas partes assinarem o documento, foi marcado mais um momento histórico com Juan Manuel dos Santos e Timoleón “Timochenko” a apertarem as mãos.
O cessar-fogo entrará em vigor após a assinatura de um acordo global de paz, e que deve acontecer nas próximas semanas.
Aplausos Os Estados Unidos felicitaram este grande e importante passo. “Apesar de persistirem os desafios no momento em que as duas partes continuam a negociar um acordo de paz definitivo, o anúncio de hoje representa um avanço muito importante para pôr fim ao conflito”, disse Susan Rice, assessora para a Segurança Nacional do presidente americano, Barack Obama. “Os Estados Unidos acolhem com agrado o anúncio”, disse também o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, John Kirby.
Também o Brasil aplaudiu o feito histórico, que é considerado pelo Ministério das Relações Exteriores como um “passo fundamental para o fim da violência e a pacificação definitiva da Colômbia, que representa uma vitória para todos os colombianos e um motivo de júbilo para a região como um todo”.
“Este acordo constitui um grande passo para alcançar a paz estável e duradoura na Colômbia e é uma esplêndida notícia para a Ibero América e para toda a comunidade internacional”, felicitou o governo espanhol.