Aos 17 dias de vida, Lourenço conseguiu nas últimas 48 horas começar a alimentar-se sozinho, ou seja já agarra a tetina do biberão. A boa notícia foi partilhada hoje pelo Centro Hospitalar Lisboa Central no boletim clínico "Os Primeiros Dias do Lourenço", que nos últimos dias tem tido uma divulgação mais espaçada.
O centro hospitalar adianta que a criança que nasceu depois de ter estado 15 semanas na barriga da mãe em suporte artificial de vida, na sequência de uma hemorragia cerebral fatal, tem tido uma evolução "muito positiva". Atingiu já 2600 gramas de peso, mais 250 do que quando veio ao mundo a 7 de Junho nos cuidados intensivos do Hospital S. José.
Lourenço nasceu às 32 semanas e o centro hospitalar indicou logo após o nascimento que a criança deveria ter alta às 35 semanas, tempo que se completa no final do mês. Como nasceu com um bom peso, a preocupação dos médicos e enfermeiros era que conseguisse mamar bem, requisito habitual para os recém-nascidos, e em particular prematuros, terem alta hospitalar.
O pai registou a criança mas os avós maternos já tornaram público que pretendem avançar para tribunal para conseguir a adoção plena de Lourenço. Sandra, a mãe de 38 anos que não sobreviveu a um aneurisma, deixou um filho de 14 anos de uma relação anterior, que está a viver com os avós.