Catarina Martins diz que se BE fosse governo não permitia que Carlos Costa andasse a assustar o país

A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, lembrou que o partido determinou a maioria que governa Portugal, mas falta-lhe ainda força para fazer governo e impedir ações como a do governador do Banco de Portugal andar por aí a assustar o país com ameaças de colapso bancário.

Catarina Martins diz que se BE fosse governo não permitia que Carlos Costa andasse a assustar o país

«O Bloco teve 10% nas eleições, determinamos a maioria, mas não temos ainda a força para fazer o governo. Tivesse o Bloco mais força e o governador do Banco de Portugal não continuava a assustar o país com ameaças de colapso bancário umas atrás das outras», disse na intervenção de abertura dos trabalhos da X convenção do BE, em Lisboa.

E continuou: «Tivesse o Bloco força e o Banif não tinha sido entregue ao Santander, Portugal não tinha assinado com a Turquia a vergonha do acordo anti-humanitário que é o contrário do que a Europa tinha que fazer».

Para Catarina Martins, o desafio que lançou a António Costa ainda antes da campanha eleitoral, «abriu caminho à mudança na política portuguesa», quando disse que se o PS estivesse “disponível para abandonar a ideia de cortar 1.600 milhões nas pensões, abandonar o corte na TSU e abandonar o regime compensatório, que facilita os despedimentos», o Bloco estava preparado para “conversar sobre um governo” para “salvar o país”.

«E assim foi», concluiu. «Há hoje uma maioria parlamentar assente no compromisso de defesa dos rendimentos do trabalho e do Estado Social».