Mário Machado foi condenado, esta segunda-feira, a 2 anos e nove meses de prisão.
O Tribunal Criminal de Lisboa considerou que ficou provado o crime de tentativa de extorsão de que o líder do movimento skinhead era acusado. Em causa estava uma carta escrita por Mario Machado na prisão – em que o líder nacionalista ameaçava uma mulher de morte, caso, entre outras exigências, não pagasse 30 mil euros.
A juíza considerou que, no caso de Mário Machado, o tribunal sentiu "necessidade" de adotar "uma prevenção especial", pelo que a estava "fora de questão" substituir a pena de prisão efetiva por outra medida não privativa da liberdade. "O senhor tem de ficar longe" dos meios em que pode ser levado a cometer novos crimes, disse a juíza.
Durante o julgamento, a defesa de Mário Machado insistiu num ponto: a carta em que o líder nacionalista ameaça Rute Pereira de morte foi entregue contra a sua vontade e contra as indicações que Machado teria dado a João Dourado. O arguido sublinhou que tinha dado ordens para que o documentgo não fosse partilhado com Rute Pereira, mas a vítima acabou não apenas por ter conhecimento das ameaças como ficou, além disso, na posse da carta.
Apesar de considerar que os testemunhos de Rute Pereira e João Dourado não eram credíveis, pelas contradições que apresentaram durante o jugamento, o tribunal considerou nõ ter ficado provado que teria havido ordem para cancelar a missão para intimidar a vítima e o seu companheiro, Bruno Monteiro.