172 deputados trabalhistas censuraram esta tarde o líder Jeremyn Corbyn; apenas 40 estiveram a favor do chefe do “Labour”. A moção de confiança foi desencadeada depois do terramoto político na seuência do Brexit, com uma grande maioria dos dirigentes a defenderem que o Reino Unido saiu da União Europeia porque Corbyn não se empenhou o suficiente.A moção não tem efeito vinculativo, mas a imprensa britânica avança que Tom Watson e Angela Eagle (os dois eram muito próximos de Corbyn) vão decidir entre si quem enfrenta Corbyn nas próximas eleições internas no Partido Trabalhista.
Na sequência da censura do grupo parlamentar, Corbyn anunciou que não se demite. Afirmou que na sequência do Brexit o país “enfrenta grandes desafios e existem riscos para a economia e para as condições de vida da população”. Perante a situação criada, diz Corbyn, os trabalhistas “têm a responsabilidade de apontar o rumo que o governo é incapaz de fazer”. “Temos que continuar a fazer oposição ao governo e opormo-nos à austeridade e tentar encontrar um caminho de saída que proteja o trabalho e os rendimentos”, disse.
“Desde que fui eleito líder do nosso partido há nove meses, enfrentámos continuamente o governo no seu ataque às condições de vida. No mês passado, o Labour tornou-se o maior partido local. No referendo de quinta-feira, uma maioria curta votou em defesa da saída da União Europeia, mas dois terços dos apoiantes do Labour apoiaram a nossa proposta para ficar na EU”, continuou o líder dos trabalhistas no seu “statement”.
“Fui eleito democraticamente líder do nosso partido para impulsionar uma nova política por 60% dos militantes e apoiantes do Labour e não os vou trair demitindo-me. O voto dos deputados não tem legitimidade constitucional”. Corbyn afirmou que o Partido Trabalhista é “um partido democrático, com uma constituição clara”: “O povo precisa dos militantes do partido trabalhista, sindicalistas e deputados unidos em torno da minha liderança num momento crítico para o nosso país”, disse.