A Secretaria-geral e o Museu da Presidência da República estão a ser alvo de buscas judiciais por suspeita de crimes económico-financeiros. Em comunicado, a Procuradoria Geral da República informa que foi detido inclusive o diretor do Museu.
Há "suspeitas de favorecimento de interesses particulares e de empresas", bem como de "solicitação de benefícios como contrapartida da promessa de exercício de influência junto de decidores públicos, a apropriação de bens móveis públicos e a elaboração de documento desconforme à realidade e que prejudicou os interesses patrimoniais públicos".
As buscas decorrem na Grande Lisboa e em Portalegre, sendo realizadas por oito magistrados do Ministério Público e 30 inspetores da Polícia Judiciária.
Estão em causa "crimes de tráfico de influência, falsificação de documento, peculato, peculato de uso, participação económica em negócio e abuso de poder".
O inquérito foi iniciado em abril de 2015, no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
As buscas de hoje decorticai tecem uma semana depois de se ter sabido que o Presidente mandou fazer uma auditoria à Secretaria-Geral, com vista à alteração de procedimentos e possíveis poupanças nos gastos. Em 2015, o Tribunal de Contas fez uma auditoria em que atestou a conformidade das contas da Presidência, em termos globais, mas apontava o excesso de recurso à contratação direta de fornecimento de bens e serviços, sem concurso público.