Lionel Messi: um adeus inesperado do mágico da bola

Um problema hormonal que lhe retardava o crescimento ósseo levou-o até Espanha. Depois de sanada a questão física, Messi chegaria à primeira equipa do Barcelona aos 16 anos. Ganhou tudo pelo clube, mas faltou-lhe sempre um título de Campeão do Mundo pela Argentina. Agora disse adeus à Seleção

Foi uma espécie de um terramoto que abalou o mundo do futebol e não só. Afinal, Lionel Messi é mais do que um jogador da bola, é uma estrela global no imaginário de milhões de fãs, que gostam mais ou menos de futebol. Na verdade, ninguém lhe fica indiferente e o seu inesperado anúncio de que não jogaria mais pela seleção da Argentina, depois de falhar o penálti da final da Copa América, provocou uma onda de reações e emoções em todos os quadrantes e apelos para que volte atrás na decisão. 

Messi começou muito cedo a dar nas vistas, tendo-se transferido para Barcelona ainda criança, com 13 anos. Nessa altura, nem tudo eram rosas, pois Messi sofria de um problema hormonal que lhe retardava o desenvolvimento ósseo. Como a família não tinha dinheiro para continuar o tratamento na Argentina, transferiu-se para Espanha, onde Messi acabaria por ir fazer testes no Barcelona. Depois de verem o rapaz de 13 anos e um metro e quarenta ‘fazer miséria’ nos relvados, os responsáveis do clube da Catalunha decidiram contratá-lo. Depois de uma ascensão meteórica nas camadas jovens, iria estrear-se, ainda com 16 anos, pela equipa principal, contra o FCPorto, na inauguração do Estádio do Dragão, em 2003.

No Barcelona, já venceu tudo o que havia para ganhar: Campeonatos e Taças de Espanha, várias Ligas dos Campeões, título de Campeão do Mundo de clubes. A tudo isto somou cinco Bolas de Ouro, de melhor jogador do mundo, feito que ninguém mais alcançou.

Para muitos, é o melhor futebolista de todos os tempos, mas os detratores apontam-lhe a falta de um título mundial pela sua seleção, que Maradona ou Pelé conseguiram. 

Na verdade, Messi nunca conseguiu exibições pela Argentina como as que alcançou no Barcelona. Farto de ter esse fardo em cima, Messi abalou o mundo com o anúncio da desistência da seleção aos 29 anos, depois de falhar o penálti que deu novo título da Copa América ao Chile.

Com tantos pedidos para que reconsidere, Messi talvez aceda a reconsiderar. Independentemente de tudo, já terá um lugar cimeiro no mundo do futebol. Se é o melhor de todos os tempos, tenho muitas dúvidas. Ah! A luta, nos últimos anos, entre Messi e Cristiano Ronaldo tem contribuído para levar cada vez mais adeptos a apaixonarem-se pelo futebol.