Antes de irem para o espaço, os astronautas são sujeitos a quarentena – que os próprios designam por ‘prisão de colarinho branco’. Motivo? Uma doença no espaço é mais difícil de curar do que na Terra e é provável que o vírus infete toda a tripulação.
No seu livro Guia de um Astronauta para Viver Bem na Terra, Chris Hadfield explica o que teve de fazer para se tornar astronauta e revela curiosidades sobre a vida fora do planeta.
Por exemplo, que antes da descolagem da Soyuz, no Cazaquistão, foi benzido por um padre ortodoxo e urinou no pneu traseiro do autocarro que transportou os astronautas à plataforma de lançamento, para cumprir uma tradição que terá começado com Yuri Gagarine. Durante o voo, os tripulantes levam elétrodos para monitorizar os batimentos cardíacos e fraldas, em caso de necessidade…
Uma vez no espaço, têm de se debater com desafios constantes e até lavar os dentes pode ser um desafio. Uma vez que não há ralos para onde cuspir, os astronautas têm de engolir a mistura de pasta com água e cuspo.
Em entrevista telefónica ao SOL, Hadfield desfaz o mito de que não se pode espirrar no espaço, mas em contrapartida assegura que arrotar, isso sim, é difícil, acabando por sair sempre um pouco de vómito. Conta ainda que na Estação Espacial Internacional (EEI) os astronautas têm um horário definido pela NASA que lhes diz o que fazer a cada cinco minutos e que todas as atividades pessoais, como ler ou tocar guitarra (é verdade, há uma guitarra permanentemente na EEI) têm de ser roubadas ao tempo de sono.
Leia a entrevista ao coronel Chris Hadfield na edição do SOL deste sábado.