Foram feitos inúmeros poemas, vídeos, galerias de fotografias sobre a conquista do primeiro campeonato da Europa de Portugal. A festa não terminou no passado domingo – e talvez dure até 2020, altura do próximo europeu -, isto porque os portugueses não querem parar de celebrar um título que parecia um sonho inatingível.
Este sábado é o último dia de Super Bock Super Rock e quem vai estar no Parque das Nações já não vê a hora de receber Kendrick Lamar. Se existir algum problema com o concerto? "Foi o Éder que o fo***". O leitor não se assuste pela linguagem, até porque seria considerado anti-patriótico se não soubesse que cântico é este.
Foi este verso, repetido até à exaustão um pouco por todo o mundo, que ecoou um pouco por todo o SBSR nestes três dias – até nas escadas do Pavilhão Atlântico o cântico foi cantado.
A melancolia dos The National não foi tão audível como noutros anos? "Foi o Éder que os fo***". Os Disclosure tiveram um problema no alinhamento? "Foi o Éder que os fo***". Os esquemas variados dos copos reciclados não resultou? "Foi o Éder que os fo***". Bem, ficou então claro, que quer se estivesse a ouvir música ou a fazer uma pausa para jantar, o avançado português foi figura omnipresente por aqui. Em França saltou do banco, no Super Bock nunca saiu de campo.
E para quem ainda não acredita que foi assim, bastará olhar para as filmagens das televisões de pessoas com as t-shirts do camisola nove da seleção nacional, ou cartazes com a palavra "Togéder".
Só faltou mesmo uma banda cantar uma música em homenagem ao "patinho feio" de Portugal. Ah, os Capitão Fausto bem tentaram: "toca aí a 'Éder' ", ironizou Tomas Wallenstein. Fica a deixa rapazes.
Não foi preciso, o país inteiro irá continuar a fazer a banda sonora de um feito inédito e Éder nunca deixará de ser herói nacional. Pelo menos até 2020. Estamos "togéder foréder", sim senhor.