Somam-se os adeptos em Portugal e também as queixas de burla por causa deste tipo de negócio. Só no ano passado, a GNR registou 143 queixas na sequência de casos de arrendamento fictício.
Na maioria dos casos, os clientes são aliciados com fotografias de locais que efetivamente existem. Mas de real, só as fotografias mesmo. Os bons preços são convidativos e apenas é necessário que seja transferido o sinal e o negócio está fechado. No entanto, em muitos casos, no final de tudo, nem férias, nem o dinheiro do sinal. No ano passado, 52 das queixas que foram feitas tiveram origem em negócios tendo como destino o Algarve, sendo que a maioria reportava a Albufeira e ao mês de agosto.
Este ano, apesar de ainda não existirem dados, a GNR admite que também já existem queixas neste sentido. Sendo que o pior é que os clientes só percebem o que lhes está a acontecer quando se aproximam do local ou tentam contactar novamente o anunciante. Ou simplesmente não há local para passar férias ou a única coisa que corresponde à oferta é a localização.
Mas este não é o único problema. Um outro motivo para redobrar os cuidados é o facto de as burlas no arrendamento de casas estarem cada vez mais sofisticadas. Até há quem se queixe de recibos falsos com a marca Airbnb. Vale tudo no mundo do arrendamento online.
Têm sempre um ponto em comum: parecem ser sempre verdadeiros “negócios da China”. Mas não passam de iscos para burlar os utilizadores. O que dificulta ainda mais as investigações é o facto de, muitas vezes, tudo ser feito através de servidores internacionais.
O Relatório de Segurança Interna de 2015 confirma que o número de participações do crime de burla informática e nas comunicações aumentou. Houve mais 3 322 registos do que em 2014.