Esta segunda-feira foi anunciada a detenção de 11 soldados perto da estância turística de Marmaris, onde o presidente Recep Erdogan estava na noite de 15 de julho. Acusados de terem tentado deter o chefe de Estado, estavam fugidos e fazem agora parte dos mais de 15 mil detidos na purga do regime, segundo números confirmados pelo Ministério do Interior.
Segundo a estação pública “TRT”, que na noite do golpe passou horas com uma jornalista a ler comunicados dos militares golpistas, o ministro Efkan Ala confirmou que 8 113 pessoas estão já em regime de reclusão entre as 15 846 que estão ou estiveram detidas por alegada ligação ao golpe. O estado de emergência decretado por Erdogan no rescaldo da revolta frustrada permite manter suspeitos sob detenção durante 30 dias, mesmo sem acusação formal, além dar acesso ao Estado a todas as comunicações entre detidos e advogados.
A grande maioria dos purgados é composta por militares de todas as categorias: com os 11 de hoje somados aos números dados no domingo por Efkan Ala são 10 023, estando já mais de metade (5 226) sob reclusão. Desses, 178 são generais e almirantes – um terço do número de homens que haviam sido distinguidos com as mais altas patentes militares da nação. Ainda de acordo com números do governo, cerca de 1200 destes militares já foram libertados depois de terem sido ouvidos.
Não há confirmação oficial se fazem agora parte das mais de 60 mil pessoas que já foram afastadas dos seus cargos profissionais neste contragolpe.