Filho de um professor de Matemática do Liceu Pedro Nunes, Jorge Calado sempre soube que queria ser cientista. Licenciou-se em Engenharia Química no Técnico, doutorou-se em Oxford e em 1979 foi convidado para dar aulas na Universidade de Cornell, nos Estados Unidos.
Este ano recebeu o prémio Universidade de Lisboa, mas tem um discurso muito crítico em relação ao meio académico. “Sei que as pessoas têm inveja de mim, da minha liberdade, porque eu sempre disse aquilo que pensava”. E denuncia que “muitas vezes os professores são escolhidos para não fazer sombra aos que já lá estão”.
Mesmo aposentado, cada vez tem mais para fazer e está sempre a pensar. “Por isso é que tenho uma grande dificuldade em adormecer. Tanto faz deitar-me tarde como cedo, levo sempre duas horas ou três horas. Não sou capaz de desligar o computador da cabeça”.
O professor emérito do Técnico conta ainda como começou a ir à ópera com quatro anos e descreve uma ida a Nova Iorque na ressaca dos ataques às Torres Gémeas: “O cheiro a carne queimada era avassalador”.
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