Confrontos com polícia angolana provocam cinco mortos

Elementos de uma seita e as autoridades

Confrontos entre polícias e alegados membros da seita angolana "A luz do mundo" provocaram nos últimos dias, na província do Cuanza Sul, pelo menos cinco mortos, entre agentes da autoridade e fiéis.

Esta seita foi liderada até 2015 por Julino Kalupeteka, condenado entretanto a 28 anos de prisão por confrontos que terminaram na morte de mais de 20 pessoas no Huambo, enquanto estes novos incidentes terão começado na terça-feira, quando dois agentes foram mortos por alegados fiéis na comuna do Dumbi, município de Cassongue.

Segundo um comunicado do governo provincial, os membros desta seita são acusados de terem provocado "atos de violência sobre as autoridades policiais que se deslocaram àquela localidade na intenção de repor a ordem pública".

A polícia voltou ao local, entre sexta-feira e sábado, para dar cumprimento de um mandado de captura emitido pelo Ministério Público e "em consequência da reação armada" dos alegados membros da seita, três destes foram mortos e outros dois ficaram feridos, escreve o mesmo comunicado, citado pela imprensa angolana.

Refere ainda que outros 27 cidadãos estavam "reféns" da seita e foram entretanto libertados, tendo a Polícia Nacional apreendido no local ainda nove metralhadoras e duas pistolas.

Dez elementos da seita angolana "A luz do mundo" receberam a 5 de abril de 2016, no tribunal do Huambo, penas que totalizam quase 250 anos de cadeia pelo homicídio de nove polícias.