Banca. BCE e Banco de Portugal têm dois pesos e duas medidas?

Acumulação de cargos foi chumbada na Caixa mas há casos semelhantes na gestão do BCP empossada em 2015. Vitorino foi designado para o Santander e ainda não há decisão do regulador

O Banco Central Europeu (BCE) teve de analisar recentemente os novos órgãos sociais de um banco português em que vários gestores não executivos acumulavam múltiplos cargos noutras empresas. Não foi a Caixa Geral de Depósitos (CGD). Não houve nenhum “chumbo” a esses gestores. Foi no BCP, há pouco mais de um ano, quando a instituição presidida por Mario Draghi já era responsável pela supervisão dos maiores bancos a nível europeu. 
Com a união bancária, a 4 de novembro de 2014, o BCE passou a supervisionar os bancos mais relevantes na Europa, substituindo-se ao Banco de Portugal – ou partilhando com ele – as principais tarefas de vigilância dos bancos em território nacional.

Seis meses mais tarde, a administração do BCP, que estava em final de mandato, propôs uma lista com os órgãos sociais até 2017. E entre os nomes que não mereceram reparos da regulação estão vários gestores cujo currículo inclui cargos executivos e não executivos em entidades fora do grupo – um perfil em tudo semelhante aos oito administradores que não puderam ir para a CGD por terem cargos noutras empresas.

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