A nova equipa de gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD), liderada por António Domingues, vai entrar esta quarta-feira em funções, tal como avançou na semana passada o ministro das Finanças, Mário Centeno.
É a primeira gestão da Caixa sem políticos em mais de três décadas. Dos sete novos gestores do banco público, seis eram ou foram do BPI. Nenhum esteve no governo.
"A nova administração da CGD entrará em funções de facto a 31 de agosto. Há um período de transição até essa data e é isso que vai ocorrer com toda a certeza nos próximos dias", afirmou o governante durante uma conferência de imprensa dedicada ao processo de recapitalização do banco estatal, que decorreu no dia 24 de agosto.
O Banco Central Europeu (BCE) aprovou 11 nomes propostos pelo Governo para o Conselho de Administração da CGD, mas rejeitou outros oito por excederem o limite de cargos em órgãos sociais de outras sociedades, informou em meados de agosto o Ministério das Finanças, sem identificar as pessoas em causa.
Segundo a comunicação social, os 11 responsáveis aprovados são António Domingues, Emídio Pinheiro, Henrique Cabral Menezes, Tiago Rarava Marques, João Tudela Martins, Paulo Rodrigues da Silva, Pedro Leitão, Rui Vilar (não executivo), Pedro Norton (não executivo), Herbert Walter (não executivo) e Ángel Corcostegui (não executivo).
Já os nomes chumbados são os de Leonor Beleza, Carlos Tavares, Bernardo Trindade, Ângelo Paupério, Rui Ferreira, Paulo Pereira da Silva, António da Costa Silva e Fernando Guedes, todos propostos para administradores não executivos.
Esta notícia motivou várias reações, com os partidos da oposição (PSD e CDS-PP) a criticarem em diversos momentos a forma como o Governo conduziu o processo.