Sol & Sombra

A opinião de José António Lima

SOL

Cristiano Ronaldo  

Recebeu o troféu da UEFA de Melhor Jogador da Europa em 2016, corolário de ter sido o maior goleador e vencido a Liga dos Campeões pelo Real Madrid e, ainda, de ter conquistado o Euro-2016 por Portugal. Este prémo é um bom indicativo e reforça as previsões de vir a ganhar, pela quarta vez, a Bola de Ouro da FIFA, em Janeiro. Só Neymar (que venceu os Olímpicos) ou Luis Suárez (que ganhou a Bota de Ouro) teriam hipóteses de concorrer com ele, mas ambos tiveram uma péssima prestação com o Brasil e o Uruguai na Copa América. O palmarés de títulos do capitão português este ano é quase imbatível. 

Nuno Espírito Santo

Após um empate e uma exibição frouxa no Dragão, o FCPorto foi a Itália eliminar a Roma (num jogo invulgar, com duas expulsões, justas mas surpreendentes, dos romanos) e assegurar um lugar na fase de grupos da Liga dos Campeões. Dois dias depois, confirmando que o técnico portista anda agora com a estrelinha da sorte, a equipa calhou no mais acessível dos oito grupos sorteados na Champions. Uma semana que fez subir os níveis de confiança no Dragão. E que serviu de tónico para o difícil jogo de domingo com o Sporting.

SOMBRA
 
José Manuel Constantino

O presidente do Comité Olímpico Português (COP) já assumiu que os resultados do Rio 2016 ficaram «aquém das expectativas» e deu a entender que poderá demitir-se no rescaldo dos Jogos. Portugal só trouxe uma medalha de bronze, mas em mais de 100 anos e em 24 edições dos Jogos com participação portuguesa apenas se conseguiram 24 medalhas: uma média exata de uma por cada Olímpíada. É certo, todavia, que os 11 diplomas (classificações do 4.º ao 8.º lugar) sabem a pouco. E esta fraca prestação terá consequências no COP.

Mário Centeno

É um ministro em perda de influência constante. A telenovela da CGD e das viagens da Galp fragilizaram-no, e à sua equipa de secretários de Estado. Os números da economia são sombrios e preocupantes. Há meses, jurava que não haveria OE retificativo e ironizava, na AR, com a oposição, dizendo que «sentiam a falta de retificativos porque lhes tomaram o gosto…». Agora, essas palavras caem-lhe em cima da cabeça. E perde mais respeitabilidade.