Assunção Cristas acusou, este domingo, o atual Executivo de governar para satisfazer “as clientelas das esquerdas” e saiu em defesa da classe média.
No encerramento da Escola de Quadros, a líder do CDS acusou o Governo liderado por António Costa de governar não só com receitas do passado e com modelos ultrapassados, mas de prejudicar a classe média com o intuito de satisfazer as “clientelas das esquerdas”.
Cristas começou por dar como exemplo a reversão dos contratos de transportes. “Qual foi o resultado? Sindicatos satisfeitos, utentes prejudicados, quebra de confiança dos investidores que se traduziu numa brutal redução do investimento”, afirmou.
Acrescentou ainda que o Governo pôs fim aos exames do primeiro ciclo e reduziu turmas “nas escolas com melhores resultados” para satisfazer a CGTP em detrimento dos pais, dos alunos e da qualidade do ensino.
Num terceiro exemplo, a líder dos centristas refere que o Governo, para “satisfazer os desvarios das esquerdas unidas”, aumentou a carga fiscal, destacando o IMI e os impostos sobre os combustíveis. “E têm o descaramento de dizer que isso só afeta os mais ricos. Essa é a tática dos populistas de esquerda”.
E lança um aviso à classe média. “Isso é um logro: no que depender da esquerda radical, a classe média é vista como rica! Tem carro? É rico! Tem casa própria, é rico! É senhorio? É rico! A sua casa tem boa luz solar? É rico. Eu diria, a classe média que não se iluda. Quando a esquerda vier dizer que só quer tributar os ricos, é ao bolso da classe média que vai buscar o dinheiro, é ao bolso de todos nós que vai buscar o dinheiro e não teremos ilusões em relação a isso”.
‘Campeões dos despedimentos’ em silêncio
Assunção Cristas aproveitou ainda para apontar o dedo ao PCP e ao Bloco de Esquerda, acusando-os de não se manifestarem perante casos como as viagens pagas pela Galp a secretários de Estado para manterem o atual Governo. “Os campeões dos pedidos de demissão agora estão absolutamente caladinhos com medo que alguém venha interromper esta festança das esquerdas”, afirmou a centrista, acusando-os de se terem habituado ao poder.