Seleção. Fernando Santos alerta para perigos da Suíça

Selecionador nacional antevê dificuldades para o jogo de amanhã

Portugal inicia amanhã, na Suíça, o apuramento para a fase final do Mundial'2018. A Seleção nacional entra com estatuto de campeã da Europa, mas Fernando Santos coloca-a ao mesmo nível dos suíços. "Conheço bem a Suíça. É uma equipa muito forte, que fez um excelente Campeonato da Europa. Saiu nas grandes penalidades [contra a Polónia] e até podia ter jogado contra nós", começou por dizer o selecionador português.

"A Suíça não tem grandes debilidades, mas tem alguns pontos menos fortes e é nisso que nos devemos centrar. Sabemos que está motivadíssima por jogar contra nós. Este é o primeiro jogo da qualificação. É uma equipa que tem a ambição de, tal como nós, estar presente no Campeonato do Mundo", ressalvou o técnico de Portugal, destacando o que considera ser dois aspetos-chave para que Portugal consiga superar uma das seleções mais fortes do Grupo B: "Jogo coletivo e respeito pelo adversário."

A Suíça não poderá contar com Shaqiri, um dos seus maiores desequilibradores, mas nem por isso Fernando Santos espera mais facilidades. "Essencialmente, a equipa suíça tem uma grande qualidade. Tem dois centrais fortes, Há bocado ouvi falar da pretensa dificuldade que poderiam ter no processo defensivo: é preciso lembrar que sofreu dois golos em quatro jogos, por isso não se pode dizer que tenha dificuldades. Depois tem dois laterais de grandíssima qualidade, tal como os dois jogadores da frente. Shaqiri é um desequilibrador, mas penso que, jogando Embolo, a equipa perde talvez um pouco de criatividade mas ganha outras coisas", alertou.

O central suíço Fabian Schar disse recentemente que Portugal ia chegar a este jogo "de peito cheio" devido ao título de campeão europeu. Fernando Santos discorda. "Amanhã terá a resposta em campo. Mas não vamos entrar por aí: a presunção não cabe nesta equipa", garantiu o selecionador nacional, embora assumindo como "normal" que Portugal agora seja visto de outra forma: "Disse logo isso aos meus jogadores mal terminou o Campeonato da Europa. É algo para o qual temos de estar seguramente preparados, porque se até aqui qualquer qualquer equipa queria vencer Portugal – porque Portugal sempre foi uma grande equipa, não é só agora que foi campeão da Europa – agora os adversários ainda sentem uma motivação maior."