Street racing. Uma realidade que não abranda nas estradas nacionais

No Mindelo como em várias outras localidades continuam a ser feitas corridas ilegais nas estradas.

Quase todos os fins de semana existem corridas ilegais de carro de norte a sul do país. Mindelo, em Vila do Conde, não foge à regra e há milhares de pessoas que se concentram com regularidade nas ruas para assistirem às partidas. Segundo o “JN” noticiou ontem, a plateia vibra mesmo quando passam no local as patrulhas da GNR.

Mais de dois anos após o i ter revelado que existem corridas que chegam aos 300km/h em vários troços da A1, da A2, do Eixo Norte-Sul ou na ponte das Lezírias,  mas também em outros locais do país, a realidade parece estar ainda por controlar por parte das autoridades. O i sabe, por exemplo, que este ano foram  já várias as corridas realizadas no Eixo Norte-Sul, em Lisboa.

Quanto à região norte, o “JN” noticia que os desafios ilegais se repetem com muita regularidade tendo-se tornado já uma atração no Mindelo.As corridas de 400 metros começam, como é hábito, com três buzinadelas e em alguns casos são apenas por diversão. Mas nem sempre é assim. O jornal refere que alguns dos envolvidos nas corridas ilegais de Vila do Conde “apostam forte”. 

Mas as ilegalidades vão muito além das corridas em si, como o i revelou em 2014. Esta realidade fomenta o negócio das oficinas de transformação de carros, dinheiro que na maioria das vezes escapa ao Fisco. Muitos dos que recorrem a estas garagens deixam mensalmente mais de um ordenado mínimo em alterações. Na altura, uma das praticantes, que pediu anonimato, disse ao i que “em quatro horas, as oficinas podem fazer até três mil euros”. E lembrou: “E depois tens sempre os outros negócios que existem bué no mundo dos picos, que é o pessoal roubar carros e vendê-los às peças”.