Fernando Santos (selecionador de Portugal)
“Quem ganha é sempre superior. O adversário foi mais eficaz, mais pragmático. Entrámos bem no jogo, nos primeiros 15 a 20 minutos mas depois houve deslumbramento e fomos pouco pragmáticos. Não deixámos a Suíça jogar, como queríamos, não permitindo as saídas rápidas deles para o ataque. Mas, a partir daí, o jogo ficou partido, não recuperávamos nos momentos certos, sofremos um golo e recuámos as linhas, permitindo que a Suíça ganhasse os duelos individuais.
Na primeira parte, fizemos duas ou três faltas, o que não pode acontecer. O campeão europeu tem de fazer falta. Entrámos bem nos primeiros 20 minutos, mas, depois, não fizemos faltas, permitimos que a Suíça ganhasse as bolas divididas e recuámos inexplicavelmente, ao contrário daquilo em que somos fortes que é a não dar espaços ao adversário.
A perder por 2-0, mudei algumas coisas, passámos a jogar com dois avançados, lancei o André Silva, que é mais móvel do que o Éder, tirei o trinco e meti o João Mário a jogar numa posição mais interior.
Criámos duas ou três oportunidades, mas a Suíça defendeu bem. Aliás, limitou-se a defender durante toda a segunda parte. Só nos últimos minutos, quando Portugal jogava mais com o coração do que com a cabeça, é que apareceram lá na frente uma ou duas vezes com perigo.
Se tivéssemos feito um golo poderíamos ter dado a volta ao jogo, mas há coisas a corrigir e a melhorar e é o que vamos fazer”.