Foram divulgados novos dados sobre sociedades offshores, mas desta vez nas Bahamas. As informações revelam nomes de administradores de empresas registadas entre 1990 e 2016 e sediadas no país.
Dados divulgados pelo Expresso e pela TVI dão conta de 28 cidadãos portugueses e 22 estrangeiros residentes em Portugal.
“Os Bahamas Leaks contêm 1,3 milhões de ficheiros relativos a 176 mil companhias e incluem os nomes de 25 mil administradores e funcionários nomeados por essas offshores ao longo dos anos”, lê-se no semanário.
Este acervo, ao contrário do que aconteceu com os Panama Papers, “não inclui e-mails ou contratos relacionados com essas companhias ou quem são os seus beneficiários últimos”. Ainda assim, as informações permitem saber quem são os administradores das offshores e quando assumiram estes cargos.
“Os 29 portugueses identificados pelo Expresso e pela TVI surgem como administradores em 38 empresas incorporadas naquele país formado por mais de três mil ilhas e situado a norte de Cuba, no Atlântico”, refere o Expresso.
Micael Gulbenkian, empresário na indústria de petróleo e sobrinho-neto do fundador da Fundação Calouste Gulbenkian, e Pedro Morais Leitão, ex-presidente da ONI e atual administrador da Oi, são alguns dos nomes na lista de portugueses, onde não constam políticos.
No entanto, a ex-comissária europeia Neelie Kroes é um dos nomes citados nestes dados. Segundo os Bahamas Leaks, a holandesa foi diretora de uma empresa das Bahamas entre 2000 e 2009.
Estes dados foram obtidos pelo jornal alemão Süddeutsche Zeitung, que os partilhou com o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) e com os parceiros de media do consórcio, entre os quais o Expresso e a TVI.