António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa vão estar presentes na inauguração da exposição das 80 obras do pintor catalão que faziam parte da coleção do BPN e que estiveram no centro de uma acesa polémica.
A exposição com o título ‘Joan Miró: Materialidade e Metamorfose’ é comissariada por um conhecido especialista na obra do catalão, Robert Lubar Messeri e conta com um projeto expositivo de Álvaro Siva Vieira.
Quem quiser ver os quadros que foram avaliados em mais de 35 milhões de euros pode ir a Serralves, no Porto, até ao dia 28 de janeiro de 2017. Só está por definir o que acontecerá à coleção – composta ao todo por 85 quadros – depois do fim desta exposição.
Em cima da mesa está a possibilidade de as peças continuarem na Invicta, uma vez que o ministro da Cultura, Luís Castro Mendes, admitiu já que ser “desejo do Governo que as criações de Miró ficassem no Porto”.
As peças estiveram envoltas numa intensa polémica pública durante o anterior Governo, com o executivo de Pedro Passos Coelho a tentar vender os quadros de Miró.
Na altura, chegou a estar marcado um leilão da Christie’s para alienar as peças, que acabou por ser cancelado na sequência da intervenção da Procuradoria-Geral da República que pediu a inventariação dos quadros que fazem parte da coleção antes de os deixar sair de território nacional.
A ideia da venda era a de ajudar a Parvalorem a abater parte da avultada dívida que tem. Mas essa solução já foi afastada pelo atual Governo, que deixou clara a intenção de manter na propriedade do Estado a coleção Miró.