De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), tinha sido anunciado que durante o mês de julho a taxa tinha-se fixado nos 11,1%. No entanto, revistos os dados, a taxa ficou abaixo desse valor: 10,9% (número definitivo).
No entanto, o mês de agosto trouxe um agravamento de 0,1 pontos, o que faz com que, feitas as contas, a taxa esteja agora fixada nos 11%.
Estas contas significam que, depois de cinco meses em queda, houve um aumento do número de desempregados. Fora do mercado de trabalho existem agora 561,8 mil portugueses, mais 2 mil do que no mês de julho. Já em comparação com o período homólogo do ano passado, pode dizer-se que se verifica uma redução de 68,3 mil pessoas. Ainda que os valores de agosto sejam ainda provisórios, a verdade é a taxa nos 11% é um mínimo histórico desde junho de 2009.
Na análise provisória do INE, destaque ainda para o facto de haver um “acréscimo mensal na população desempregada de homens (2,7%; 7,5 mil), de jovens (1%; mil) e de adultos (0,2%; mil)”.
No entanto, os dados devem ser lidos tendo que em conta que poderão ser revistos no destaque do próximo mês, um cenário que tem sido o mais habitual nos últimos meses.
Nível mais baixo em sete anos O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) revelou recentemente que, no final de julho deste ano, estavam inscritos nos respetivos centros 498 mil desempregados. É o valor mais baixo desde julho de 2009 e a primeira vez em sete anos que este indicador desce abaixo das 500 mil pessoas.
Segundo a nota mensal do IEFP, divulgada no final do mês de agosto, “a desagregação por ramo de atividade económica permite observar uma diminuição generalizada na maior parte das atividades económicas”.
As descidas percentuais mais acentuadas verificaram-se na “fabricação de outros produtos minerais não metálicos” (-20,7%), na “fabricação de têxteis” (-18%), no “comércio, manutenção, reparação de veículos automóveis e motociclos” (-16%), no “fabrico de mobiliário , reparação e instalações de máquinas e equipamentos e outras indústrias transformadoras” (-15,5%) e a na “construção” (-15,4%).
No entender do executivo de António Costa, a tendência que se tem verificado na taxa de desemprego é positiva. Fazendo uma análise aos dados referentes ao mês de julho, o secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, explicava que “desde o segundo trimestre de 2010, há seis anos, que não havia uma taxa tão baixa e isso é um indicador que naturalmente é positivo e que deve traduzir-se num sinal de confiança”.
No entanto, já nesta altura a preocupação continuava a ser o elevado número de pessoas sem trabalho: “Temos de continuar a baixar estes níveis de desemprego”.